terça-feira, 16 de novembro de 2010

Água com Açúcar

Nada como um bom filme para melhorar os ânimos. Não é preciso ser um cinéfilo ou saber o nome do primeiro filme dirigido pelo diretor mais famoso da academia cinematográfica para concordar com isso, certo?! Gostar de filmes vai muito além do fato de entender a técnica, a fotografia, o figurino e a maquiagem. É sentir palpitações no estômago, seja de felicidade, tristeza ou de medo. É paixão pelo momento, é sentimento de afinidade com a história. Que atire o primeiro torrão de açúcar quem nunca chorou por filme algum!

A maioria de nós era criança quando o tão esperado Titanic estreou nas telonas em 1997, mas a idade não nos impediu de demonstrar nossos sentimentos como adultos. Desde a primeira exibição do filme substitui o preferido e amado “Meu primeiro amor” pelo romance marítimo. Chorei pela morte do Jack (Leonardo DiCaprio), e continuo chorando por todas as mortes de personagens pelos quais me apego. Mufasa do “ Rei leão” é o grande ladrão de lágrimas.

A preferência por filmes considerados água com açúcar, ou seja, românticos, emotivos e dramáticos pode ser relacionada tanto com a personalidade de cada indivíduo quanto a um momento específico da vida do mesmo. Estar apaixonado, e até mesmo ter tido uma desilusão amorosa são pratos cheios para se sentar em frente a televisão de baixo do edredon e assistir filmes como, Uma linda Mulher, Orgulho e Preconceito, O vento levou e os mais recentes, PS.: Eu te amo, O Diário de Bridget Jones, 10 coisas que odeio em você, entre outros.
Para quem vive uma paixão esse tipo de filme, seja romance ou comédia romântica, faz com que a pessoa se identifique com as situações vividas pelos protagonistas. Além disso, o prazer da proximidade com a história proporciona aos espectadores aquelas conhecidas borboletas no estômago, e alimenta sentimentos tão próximos do coração, como o amor e a felicidade. Já no caso de desilusão filmes assim são boas faíscas de esperanças e votos de confiança para possíveis relacionamentos futuros, despertando, em alguns casos, sentimentos até então adormecidos e endurecidos. Afinal, quem nunca achou que sua vida fosse um filme?!
A vida é um drama, uma comédia romântica, na qual os personagens se encontram no início, se desencontram no meio e vivem felizes para sempre no final. E como diria a música de Tom Jobim, “Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”.
Por Natália Santos

4 comentários:

  1. Ghost *-*

    Depois eu volto com algo mais elaborado, claro.

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  2. Filmes "água-com-açúcar" são sempre uma delícia. Os momentos previsíveis, os litros de lágrimas (dos personagens e nossos), as declarações de amor eterno. Assistir filmes repetidos também me diverte muito. Cada vez parece que vemos um detalhe que nescapou aos olhos. Filmes romênticos sempre me faz rever meus relacionamentos, amorosos ou não. Pensar um pouco mais na vida. E por que não? Gostar de cinema não significa necessariamente entender das mais renomadas e eruditas obras. O cinema é sentimento, emoção... Porém, continuo preferindo "Meu primeiro amor" a "Titanic".

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  3. Natália, adorei o tema “filmes ‘água com açúcar’”, que são tão criticados quanto os “Best Sellers” citados por Arthur na primeira postagem do blog. Gosto muito de filmes bem trabalhados, bem dirigidos, que nos levam a pensar, refletir, nos instigam ou agregam um novo olhar (às vezes perturbador) à realidade que nos cerca. No entanto, confesso que um filme “água com açúcar” é sempre bem-vindo para nos fazer esquecer um pouco dessa realidade, mergulhar em um mundo ficcional, um mundo em que sonhamos. Podemos até ter consciência de que a nossa vida é muito mais dura do que a dos personagens de uma comédia romântica, mas só a existência de algum detalhe em comum com a história daquele casal que arranca suspiros e lágrimas de muita gente já é motivo para nos atermos à história, com essa sensação de proximidade da qual você falou. Sem contar com o desejo de terminar a própria história com um “felizes para sempre”.

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  4. Também adoro os famosos filmes "água com açúcar". Por mais que insistam em convencer-me que o enredo é sempre o mesmo continuo dando preferência à seção de comédias românticas e romances nas locadoras.
    Contudo, me preocupo com pessoas sem opinião formada. De acordo com uma pesquisa realizada pela Heriot-Watt University pessoas que muito assistem comédias românticas podem se tornar frustadas em seus relacionamentos. Isso deve porque elas acreditam que existam "almas gêmeas", que todos possuímos um par ideal, o qual nos entende perfeitamente. Isto faz com que indivíduos criem situações idealizadas e passem a não acreditar em seus relacionamentos quando estes enfrentam dificuldades.
    Por mais que nos ensinem, nos distraiam e nos emocione os filmes possuem histórias que devem nos inspirar e não ditar o que devemos ser ou fazer. Afinal, como diz um velho ditado, "Cada caso é um caso".

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