A candidatura de um país para sediar uma olimpíada deve impressionar os organizadores do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ao longo dessas competições, muitas vezes, vemos que os países que apresentam projetos arquitetônicos são os que têm sua candidatura escolhida. A sede dos próximos jogos olímpicos, em 2012, terá como anfitriã Londres, mas se engana quem pensa que a capital do Reino Unido teve uma candidatura recheada de novas e grandiosas obras. O projeto inglês convenceu o COI por uma proposta mais modesta, porém sustentável.
A cidade apostou na construção de um gerador de energia que utiliza tecnologia de biomassa (recurso natural renovável e de baixo custo) que é uma fonte verde de energia. Não haverá estacionamento no novo estádio, assim, carros serão menos utilizados. A famosa pontualidade inglesa não fica fora da festa: mais dez novas linhas de trem foram criadas para que todos possam chegar no horário certo das competições.
As principais novas obras são o estádio olímpico que comporta 80 mil pessoas, o centro aquático com duas piscinas olímpicas e uma de 25m, a arena de basquete, que servirá também para as finais do handebol, e o velódromo para seis mil pessoas. O estádio, logo após os jogos será reduzido para 25 mil lugares como forma de reduzir custos com futuras manutenções e o porta voz da prefeitura de Londres, Tom Curry, afirma: “por não construir tantos novos prédios, podemos reduzir a emissão de carbono do projeto”.
Os demais esportes vão se misturar à vida de Londres. Várias competições acontecerão em locais que já existem. No Hyde Park, maior parque da cidade e construído em 1730, se passam as provas de maratona aquática e triátlon e as partidas de futebol ficam por conta do estádio nacional da Inglaterra, o Wembley, que passará por pequenas reformas pouco antes da competição.
As obras começaram dois meses antes do previsto e há 10 mil pessoas trabalhando no parque olímpico. A sede dos próximos jogos já trabalha duro para cumprir prazos e impressionar com simplicidade. E ah, detalhe importante: após o evento, toda a estrutura dos jogos se transformará em uma universidade, com foco em esportes e comunicação. Enquanto em 2008, Pequim gastou 74 bilhões de reais, o governo o inglês liberou o equivalente a míseros 16 bilhões. Quantia pequena? Não para Londres que está conseguindo gerar empregos, movimentar sua economia e em alguns anos terá mais uma referência em educação.
Os organizadores das olimpíadas de Londres e do Rio de Janeiro já se encontraram no Brasil. A ideia é analisar soluções que estão sendo aplicadas na cidade inglesa e que possam ser aplicadas aqui, para que através do intercâmbio e da troca de experiências aumente-se o legado social e urbano. É, o Rio de Janeiro tem muito a aprender.
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