quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Filho, Sou Gay!

Por Eric Dayson

A homossexualidade sempre existiu nas mais diferentes culturas e nem sempre foi considerada indesejável ou doentia. O termo homossexualidade se refere ao modo de ser do indivíduo, ou seja, é diferente de homossexualismo, que denota doença. Porém algumas sociedades desaprovam esse comportamento, principalmente as que são norteadas pelo cristianismo.

Geralmente, é na adolescência que os jovens percebem e tomam consciência da sua orientação sexual. Alguns se aceitam, mas outros não. Revogam definitivamente essa condição, por vergonha ou por medo, às vezes, pelos dois. Então, essas pessoas insistem em ir contra sua própria natureza, o tempo passa, e elas se casam e constituem família. Um garoto que resolve se assumir, pode chegar para seus pais e confessar: Eu sou gay! A situação é bastante complicada. Mas e quando a situação se inverte? E é o pai que resolve abrir o jogo e dizer: Filho, sou gay! O problema é ainda maior. Como pronunciar essa frase? Como explicar algo tão complexo como a sexualidade humana para uma criança?

Ricky Martin vive um dilema parecido. No início do ano, o cantor anunciou, publicamente, sua homossexualidade. Ele é pai dos gêmeos Valentino e Matteo, de um ano e oito meses. Contudo, já tem que pensar em como vai revelar sua orientação sexual aos seus filhos, futuramente.

A homofobia existe, não há como negar. As críticas e brincadeiras ofensivas vão sempre estar presentes, seja em locais públicos ou mesmo dentro da própria família.
Essa é uma condição inerente da sociedade na qual estamos inseridos. São valores enraizados e quase impossíveis de serem mudados.

Nunca vai ser uma decisão fácil ‘sair do armário’, e sempre haverá constrangimento. Porém, uma coisa é certa: é indispensável que a criança tenha contato com a realidade homossexual desde pequenas, nesses casos. Assim, elas se tornarão heterossexuais mais abertos ou homossexuais mais livres. E tanto os pais quanto os filhos só tem a ganhar.

4 comentários:

  1. Discordo que os que discordam deste comportamento são principalmente as (sociedades) norteadas pelo cristianismo. E quanto a sociedades norteadas pelo islamismo, q não apenas discordam + matam?

    Sou contra a homofobia, e acho justo os direitos dos homossexuais, todavia, discordo desse comportamento. E nem por isso devo discriminar alguém por ser homossexual.



    abraços,
    acho essa reflexão importante!

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  2. Acredito que mudanças estão ocorrendo. A passos lentos, é verdade, mas estão. Ainda acredito que a homofobia, ao lado do preconceito racial, são males que conseguiremos vencer enquanto a luta continuar. Respeitar o ser humano dentro de sua diversidade não é favor a ninguém, é uma obrigação de todos.

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  3. Concordo com seu texto Eric, e de fato, a homossexualidade ainda é considerada um problema na sociedade.
    Seja por questões de crença, seja por puro preconceito.
    Mas acredito também que a mentalidade de uma sociedade só se altere com a educação dos pequenos, e é por aí que temos que começar.

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